sábado, 14 de maio de 2011

Visão

Visão

Saio para a rua, no meu caminhar
Despreocupada, leve e contente,
Porque, adoro caminhar entre gente,
Que sai, para simplesmente vaguear.
Mas, há gente que passa e torce o nariz…
Olho-me nas montras pensando ter,
Algo a descoberto, sem querer.
Continuo-o a minha caminhada
Por vezes em direcção a algo,
Outras vezes em direcção a nada…
Os olhares mantêm-se, quase intimístas
Pergunto-me: “Que raio se passa?”
Terei no nariz algum malabarista?
As crianças sorriem-me, fico feliz.
O sol parece ter mais brilho, então
Caminho…caminho em direcção
Ao que o meu coração me diz.
Já farta, de tanto caminhar e cansada,
Sento-me, num banco de jardim
Onde estava uma velhinha curvada,
Sobre si mesma, como quem sofre de dores
E não tem remédios para nada.
Tão sozinha, aquela velhinha…
Parece que não tem morada.
Fiquei, por momentos querendo olha-la
Mas ela esconde, o seu rosto de mim.
Julgo estar a incomoda-la e saio dali
E, eis que a senhora me chama…
Com uma voz que me põe a alma em fogo
Está zangada com a vida, penso…
E, a velhinha dita-me um salmo novo!
“Sou Mãe Daquele que te acompanha.
Ao longo das tuas caminhadas…
Sem que desses conta de nada …
Não temas a vida, Ele existe ….
Os que te olham, não te vêem,
É a luz Dele que persiste…
Ao longo dos Tempos e para Sempre!
Sem que deixasse pegadas na calçada,
Que pisas tão feliz e despreocupada”.

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