terça-feira, 28 de julho de 2015

Tenho um cais dentro do peito



Tenho um cais dentro do peito
um cais que se some no nevoeiro
e me deixa solitária e presa
às manhãs que não me pertencem.
Sobra-me um muro
um muro de gente indiferente
encostado ao cais
onde invento as tardes de gente que não sonha.
E os navios dormem lá longe
sem gaivotas a voar sobre si
porque ficaram aprisionadas ao meu peito
e gemem-me moribundas
dizendo que não têm forças para partir.
Tenho um cais dentro do peito
que hei-de voltar em mim a reconstruir.
cheio de gente a vibrar, de barcos espertos e gaivotas a sorrir.


7 comentários:

  1. Um hino à esperança.
    Magnífico poema, tal como outros que li mais abaixo.
    Parabéns pelo seu talento poético.
    (mas escreva mais...)
    Mel, tenha uma boa semana.
    Saudações poéticas.

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  2. Boa noite
    Passei pelo teu cantinho para te convidar a visitar o meu espaço de poesia. Espero que goste(s.)
    Um abraço, Ana Pereira
    http://almainspiradora.blogspot.pt/

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  3. Devia publicar mais e mais poemas.
    A sua poesia merece-o...
    Mel, continuação de boa semana.
    Um abraço.

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  4. Lembra-me a Ode Maritima do FP (Fernando Peça)
    mas o FP só via distancias
    e diferenças que o deixavam a ver navios
    nesta poesia, neste cais há gente
    e esperança
    Gostei :)

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Um Sonho