sábado, 14 de maio de 2011

Risos de mulher

Risos de mulher
Sonantes… risos…
Correm nos meus sentidos
Risos de gente,
Que passam contentes
De terem sido…
Ter, ou fingir que têm?
Sentimentos por alguém,
A quem chamam, querido.
E, julgarem que sorrir,
Só por sorrir, é ter…
Uma alma contente
No peito a bater,
Mas esses risos gastos
Como farrapos de lã
Vão-se desfiando aos poucos
Nos risos de cada manhã
Nos seus risos existem,
Amarguras aos molhos
Que não passam indiferentes,
Aos ouvidos mais crentes
Ouço-os ainda agora,
Numa distância louca
Fiquei com eles na memória,
Os risos, que outrora,
Me soaram a amargura de boca
Eu, indiferente vou rindo
Daquilo que sou…
Não, daquilo que queriam,
Que eu tivesse sido.
Porque rir de mim é pouco…
Para quem nasceu alegre
Num mundo entristecido.

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