sábado, 14 de maio de 2011

Não digas nada

Não digas nada...
Encerra as palavras
Na tua boca…
Amarra-as como loucas
Grita-as em silêncio,
Inventa-as por momentos
Distantes,
Inquietas,
Poucas,
Não digas nada amor…
Pensa, eu adivinho!
Escreve no mar…
Um amor assim,
Pinta-o de jasmim,
Violeta ou framboesa
Que importa a cor…
Pinta-o para mim,
Sonha-o, vive-o
Inventa-o…
Mas não igual
A tantos outros,
Amontoados...
Perdidos...
Crucificados...
Gente indiferente,
De quem vive
Por ser gente,
Num contentar eloquente,
De almas sôfregas,
De verdades...
De abraços...
De gratidão...
Onde, no mundo não cabe,
Um amor a valer.
Por ser amor de verdade,
A eternidade é tão pouco,
Tempo para o viver!

1 comentário:

  1. Como posso não dizer nada se tanto, ainda ficou por dizer.

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