quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Procuro o teu rosto


Procuro o teu rosto!
 Nos olhares que avisto…
Nas esquinas que amparo…
Nas ruas que dispo…
No sorriso das criança…
Na curva pronunciada, de corpos encurvados,
Pelas caminhadas em que talvez, também elas, procuravam o teu rosto…
Procuro o teu rosto!…
No uivar do lobo…
No canto da sereia…
Na neblina…
Na aranha, que fez teia…
No vento que cava a areia…
Até onde procuro o teu rosto…
…Oh… débil... mente a minha…procurar o que se perdeu…
… De relance,
Olho-me no lago como narciso encantado…
E, vejo o teu rosto…Colado ao meu …por entre folhas de sujidade…
Não, são sombras, da tua vaidade!
Lamento, a minha pobre ingenuidade, em procurar o teu rosto,
Nas coisas comuns…em lugar algum, te poderei encontrar…
Senão…dentro de mim mesma, na espuma que se desfaz…
Em cada dia que se gasta…e arrasta…neste,
Meu incessante procurar… esse… teu rosto, em qualquer lugar!

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