quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saudade

 

Sentimento sem cor
Trajas de branco…
Preto, incolor…
Em silêncio te fardas
E, no campo de batalha,
Me aguardas.

És quem me veste,
Me solta, me prende, e me despe…
És vento aspergido,
Folha de pergaminho
Envelhecido…

És vida, onde me morro…
Luz alucinada que me cega
Lua embuçada e vazia
Névoa lavrada, orgia…
És meu sentir, e, nada somos!

…Saudade…
Condoída realidade,
Em acervos me cais,
Desmoronas-me aos ais…
Na alma desnuda…
Na carne seca, surda-muda…
Cravas punhais.

Oh fantástica saudade,
Que inflamas…
Fogos extintos, cinzas…E lamas
.

1 comentário:

  1. Poesia completamente
    envolvente, assim
    como ela, a suadade
    que quando dita,
    trás a mente os
    momentos de nossas
    próprias saudades...

    Sigo-te
    a espera de mais
    encantamento, como tal.

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Um Sonho