Tenho um cais dentro do peito
um cais que se some no nevoeiro
e me deixa solitária e presa
às manhãs que não me pertencem.
Sobra-me um muro
um muro de gente indiferente
encostado ao cais
onde invento as tardes de gente que não sonha.
E os navios dormem lá longe
sem gaivotas a voar sobre si
porque ficaram aprisionadas ao meu peito
e gemem-me moribundas
dizendo que não têm forças para partir.
Tenho um cais dentro do peito
que hei-de voltar em mim a reconstruir.
cheio de gente a vibrar, de barcos espertos e gaivotas a sorrir.
No outro lado do cais
ResponderEliminarUm hino à esperança.
ResponderEliminarMagnífico poema, tal como outros que li mais abaixo.
Parabéns pelo seu talento poético.
(mas escreva mais...)
Mel, tenha uma boa semana.
Saudações poéticas.
Boa noite
ResponderEliminarPassei pelo teu cantinho para te convidar a visitar o meu espaço de poesia. Espero que goste(s.)
Um abraço, Ana Pereira
http://almainspiradora.blogspot.pt/
Devia publicar mais e mais poemas.
ResponderEliminarA sua poesia merece-o...
Mel, continuação de boa semana.
Um abraço.
Obrigada pela sua apreciação e comentário, Sr. Jaime.
EliminarUm abraço.
Bom resto de domingo.
EliminarBeijo.
Lembra-me a Ode Maritima do FP (Fernando Peça)
ResponderEliminarmas o FP só via distancias
e diferenças que o deixavam a ver navios
nesta poesia, neste cais há gente
e esperança
Gostei :)