Risos de mulher
Sonantes… risos…
Correm nos meus sentidos
Risos de gente,
Que passam contentes
De terem sido…
Ter, ou fingir que têm?
Sentimentos por alguém,
A quem chamam, querido.
E, julgarem que sorrir,
Só por sorrir, é ter…
Uma alma contente
No peito a bater,
Mas esses risos gastos
Como farrapos de lã
Vão-se desfiando aos poucos
Nos risos de cada manhã
Nos seus risos existem,
Amarguras aos molhos
Que não passam indiferentes,
Aos ouvidos mais crentes
Ouço-os ainda agora,
Numa distância louca
Fiquei com eles na memória,
Os risos, que outrora,
Me soaram a amargura de boca
Eu, indiferente vou rindo
Daquilo que sou…
Não, daquilo que queriam,
Que eu tivesse sido.
Porque rir de mim é pouco…
Para quem nasceu alegre
Num mundo entristecido.
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