Pinto o meu pranto numa tela
Dou-lhe a cor que quer tomar…
Brilho incandescente de uma vela
Na penumbra do meu olhar.
Caem gotas de lágrimas no chão
Pinto com elas sem entender
Que não é tinta, nem aguarela,
A cor com que pinto nela…
Minha tela agora tem então…
A cor fria da solidão!
Tão cinza esta minha tela,
Quem nem parece uma pintura,
Mas uma verdadeira loucura,
De estonteante e gasta emoção
Embriago-me, por crer ver nela
O que um dia pintei cantando,
Sorrindo, brincando, à luz desta vela
Que iluminava ardente todas as telas….
E,agora se me vai apagando…!
sábado, 14 de maio de 2011
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