Ruas estreitas, belas e gastas,
De tantas histórias por ti contadas,
Minha cidade de encantos e memorias,
Meu portal, gasto de tantas caminhadas
Janelas enfeitadas de flores e malvas,
Umbrais caiados de brasinhas e calmas,
Por toda a cidade se vai avistando,
A dedicação de quem vive cantando
Fados chorados, de belezas raras,
Cantores lembrados por sua altiva voz,
Vozes, que fizeram hinos entre nós,
E que para sempre, serão lembrados.
Povo alentejano de todos, os mais asseados
Lavam como fosse chão de sua casa
As pedras da calçada onde moram,
E, nas noites quentes de verão, faziam comunhão
De grandes cavaqueiras, anedotas e asneiras
Da sua pura e humilde condição…
Mas, também és mãe de grandes senhores
Cidade de poetas, mestres e pintores,
De tão valiosos dons, de tão grandes valores,
Cidade, que és falada em toda a parte
Como Património da humanidade e arte,
Uma catedral de monumentos e raridades
Sou de ti, Évora, uma filha com orgulhosa vaidade…
15/04/2011
sábado, 14 de maio de 2011
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