Ondulo o meu corpo
Ao sabor do vento
Como folhas de jornal
Caídas no chão…
Desbotadas as palavras
Em pedaços de nada
São apenas folhas
Lidas na ocasião…
Pela vidraça da minha
Janela, caem lágrimas,
Em pedaços de luz,
De luz que me aqueça
Esta alma exilada,
Em cada gota de chuva
Que me dispersa calada
Procuro tudo ao meu redor
Em gemidos de alento
Mas, o meu corpo ondula
Ainda ao sabor deste vento.
Querendo encontrar
O caminho certo…
Para uma jornada sem
Folhas rasgadas no chão
Chão, que me ampara
Em cada passada que dou
Em cada esquina lavrada
De silêncio, eu sou,
Apenas folhas secas
Em pedaços de ilusão,
O que irá sobrar dele…
Quando todos passarem
E não deram conta
Que pisaram então,
O meu corpo em pedaços
Caído no chão!...
sábado, 14 de maio de 2011
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