Oiço a tua voz quente…
Lá longe no infinito…
Aproxima-se de mim agora
Como pedaço de um escrito,
Trazes nas palavras gestos,
Nos gestos, saudades de palavras
No olhar um medo disfarçado
Nas mãos o vazio guardado,
Teu peito arqueia de ansiedade
Dos momentos de verdade
Passados, no nosso passado.
Já não saberás proferir mais
O que proferiste outrora
As palavras foram gastas…
Gastaste-as, de tanto esperar…
E o tempo esvaziou o sentido
Que lhe querias dar,
Escreve-as a alguém que saiba
Dizê-las com jeito de mendigar
Alguém, que as saiba chorar
Gritar… ou até calar…
As palavras que se gastaram
No tempo que se fez esperar.
Ficarão escritas por mim agora
As palavras que outrora,não foram ditas...
Serão lidas por outras bocas…
Que as saibam beber como infinitas!...
domingo, 15 de maio de 2011
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