Quem me dera ser crente
e nos santos acreditar
eu fazia mil novenas
queimava o mar em promessas
e na terra suave, fazia o meu altar.
Já não sei no que acredito
adormecem-me os sentidos exaltados
a poesia é o meu grito
e o vento, o vento traz-me este fado.
Imponderáveis são os desejos
que nos abraçam e beijam
como sons de harpas a tocar.
E no meu peito caem aves, que não podem falar
quem me dera ser crente
ou santo popular... Manipulava os milagres
e em mim os fazia acontecer
Mas, nada posso, e tudo me é pretexto pra escrever.
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