Apaga-me das noites
Silencia a voz que clama em segredo
Para que os dias nunca saibam de nós
Apaga-me dos ventos
Porque eles sopram um pouco de mim
…Um pouco dos tempos…
Apaga-me de um sorriso prisioneiro
Naquele esboço insensível
…Que faz de nós…
Uma montanha a gerar nevoeiro
Apaga-me no voo das aves de rapina
Porque elas não poisam em arvoredos lentos
Nem em crianças sem tempo… Nem em livros em ruínas…
Apaga-me não me leves para uma inglória guerra
Eu não possuo armas
Que me conduzam a uma falsa vitória na terra
Se depois de me apagares
Eu ainda te surgir na noite
Acorda...!
Não vá o mundo ruir em omissos sentires
Apaga-me sou apenas um embuste. …Nu
Na luz de uma cegueira presa.
MelAlmeida
Um magnífico poema.
ResponderEliminarSe bem o começaste, melhor o acabaste.
Parabéns, minha querida Poeta.
Beijos.