Quando em mim te percorres
Docemente penetrante
Ausenta-se-me o chão debaixo dos pés
Em inesperado instantes
E
O Céu declara-se-me
Nessa pele de veludo, trigueira
Selvagem,
Numa coragem voraz que me consome inteira
Os teus braços, meu amor
Quando em mim se enleiam
Esses braços que foram talhados
Para me endoidecer
Apressam-me a natureza, de em ti me perder
E
Prontamente a minha carne se desnuda
Em verdes desejos
Amadurecendo velozmente
Ao doce prazer na boca que beijo.
MelAlmeida
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