Hoje, que a poesia se faz em nós
Como gaivotas ébrias de melancolia
Aguardamo-nos na impaciência,
Como almas ao vento, queimadas em perfeita demência
E,
Nos teus sonhos de
macho arrojado
Sei-te em falácia incerta, que se acerca em vedações de
arame farpado
Hoje, golpeados por gládios aguçados
Onde escorrem sulcos de dor, e nos rasgam as entranhas em
brancos marcados
Mas, ainda assim,
Procuro encontrar-te, num pedaço que me vista de consolo
E te cubra como lenitivo, em cais onde embarcámos,
Sem porto
de abrigo.
Hoje, sinto-te nuvem, pairando nos meus lábios frios,
Meu amado, porque os deixaste falecer?
Se para ti nasceram, como um leito que se ajeita ao rio.
Onde navegavas, sem tempo marcado!
Os meus sonhos, não sabem mais quem são?
Perderam-se no clímax de uma cegueira
Quando sonham acordados contigo, em delírio de paixão!
MelAlmeida
Esse delírio vai, por fim, te ressucitar para uma vida de alegrias. Meu beijo.
ResponderEliminarHá sonhos que valem a pena serem sonhados.
ResponderEliminarMagnífico poema.
Mel, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.