Quem sou eu…
para além de mim…
quem me habita em quina
desfigurada...
onde me estoiram flores
como sons de aves
em debandada.
Quem sou eu …
para além de mim…
não me reconheço…
nem me sinto,
ainda que me açoite,
e me sorria, em contrafeitos dias,
porém,
choro-me em brancas noites.
Quem sou eu…
para além de mim…
serei tudo…
ou apenas, uma matizada alma,
subordinada à fantasia…
Mas, também que importa…
quem sou para além de mim
se, nem eu sei se existo…
para além de uma palavra vazia.
MelAlmeida